quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Cordel de Natal. A história de um caba doido de Nazaré


Pense num caba doido é um menino de Nazaré

Tu acredita que por amor a quem nem conhecia ele, ele deu a vida

Levou um pau danado, cada chicotada danada

Bem no pé da barriga

Os Pm´s não quizeram nem saber

Botou a lenha pra descer

Ainda apregaram ele no pau

Esperaram até morrer
Mais o caba se garantia

Poderia até descer da cruz e dá um golpe de Mortal Kombat
Mas não
Esperou caladinho até morrer de verdade

No terceiro dia ele acordou do sono
Se fosse eu ainda tava lascado
Mas o homem é fi do dono

Botou moral quando levantou
Um monte de gente agora nele acreditou
Maria Madalena foi a primeira que viu

Fofoqueira que só a gota e espalhou a história
Até o saci, a mula-sem-cabeça e também a caipora
Pense numa fofoqueira de primeira

Até hoje o povo comenta
A bixinha foi a primeira que viu
A história se espalhou mais rápido do que a saída da boca de um assubio

Por amor Jesus voltou
Esse é o nome da caba
Temido até por Lampião
Mais falado que Luis Gonzaga com seu baião

O cara é fera, é o salvador
Cada lapada que ele levou eu dizia
Valame noss senhor
Com medo danado
Naquele sertão nem tinha doutor

Mais o caba é forte
Aguentou a dor
Morreu na cruz
Também com um sol daquele, nem Jesus aguentou

Ainda bem que Ele lembrou de mim naquele momento
De você também, dos seus pecados, nossos tormentos
Tá tudo perdoado
Ele deu a vida por nós

Pense num caba abençoado
Você já agradeceu?
Por que eu mesmo, viu moço

Já dei minha vida pro mago
Que tá vivinho
Acredita?

Toma banho com os pobres no São Francisco
Ele mesmo, o que morreu
Tá lá em carne e osso

Tá vivo

Cristiano Roberto

Fonte: zedopinho.blogspot.com

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Psicodelia Nordestina Made In BR !!!

A psicodelia nordestina na voz única e exclusiva de Lula Côrtes não foi suficiente para suprir o desejo das cordas, guitarras, flautas etc da música nordestina.

Esses músicos nordestinos vieram pós-tropicalia. Chegaram a fazer a ponte com o movimento tropicalista, quando Alceu Valença e Geraldo Azevedo convidaram Rogério Duprat pra orquestrar algumas faixas do disco intitulado ‘Quadrofônico’, de 1972. No ano seguinte vinha o Lula Côrtes e junto com Lailson gravando o ‘Satwa’, para depois produzirem o disco de Marconi Notaro, ‘No Sub-Reino dos Metazoários’, que tinha até o Zé Ramalho tocando guitarra em ‘Made in PB’.

Os caras vinham produzindo um monte de discos, dentro da extinta gravadora Rozenblit, em Recife. Produziram também o disco de estréia da banda ‘Flaviola e o Bando do Sol’, que tinha a versão original de ‘Romance de lua’ (depois regravada por Amelinha). Enquanto isso, em outro estúdio, a banda Ave Sangria lançava seu primeiro LP, auto-intitulado, que tinha um desenho do próprio Lailson na capa. O famoso show que a banda fez no Teatro Santa Izabel foi gravado e disponibilizado aqui na internet. Pois essa banda tinha nada mesmo que Paulo Rafael e Ivinho nas guitarras. Foda, hein!

Mas está enganado se pensas que foram apenas esses expoentes na psicodelia nordestina. Robertinho do Recife também lançou o primeiro disco nessa época, ‘Jardim da Infância’. Ivinho, famoso guitarrista, violonista e violeiro lançou disco ao vivo no festival de jazz em Montreux. Zé da Flauta e Paulo Rafael também lançaram seu exemplar, ‘Caruá’. Zé é flautista e exímio tocador de pífano, enquanto Rafael é guitarrista e tocou por muitos anos na banda de Alceu Valença. Nesse disco tem a primeira gravação do então novato Lenine, na faixa 'Zé Piaba'.

Mas a cereja do bolo vem agora. Zé Ramalho lançou em 2007 um disco de gravações antigas entre os anos de 73 e 76, já que o primeiro disco desse cantador foi lançado em 77 – aquele que tinha ‘Avohái’, ‘Dança das borboletas’, ‘Meninas da Albarã’ e ‘Adeus segunda-feira cinzenta’. Pois você pode curtir versões demo de todas essas músicas já citadas (acima), como de ‘Jardim das Acácias’ e ‘Admirável vida de gado’ (gravadas apenas em 79 no segundo disco de Ramalho – aquele com o Zé do Caixão na capa) e também de ‘Táxi lunar’ e ‘Jacarepaguá blues’ (originalmente gravadas por Geraldo Azevedo e Alceu Valença, respectivamente), que na voz do Zé da Paraíba, levavam forte influência do 'The Cream' e dos blues rasgados do 'Led Zeppelin'. Esse disco é uma pérola porque tem apresentações antológicas do Zé Ramalho, que remetiam a um Ziggy Stardust do sertão, ouçam ‘O astronauta’ (e vejam se não lembra ‘Space Oddity’ do David Bowie).

Além de ter tocado no disco de Marconi Notaro, Ramalho também gravou o compacto ‘Réquiem para o Circo/ Made in PB’, junto com o Grupo Ave Viola. Então seguem mais alguns clássicos da psicodelia nordestina.

1972 Quadrofônico – Alceu Valença & Geraldo Azevedo

1. Me dá um beijo
2. Virgem Virginia
3. Mister mistério
4. Novena
5. Cordão do Rio Preto
6. Planetário
7. Seis horas
8. Erosão
9. 78 rotações
10. Talismã
11. Ciranda de Mãe Nina
12. Horrível

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1973 No Sub-Reino dos Metazoários – Marconi Notaro

1. Desmantelado
2. Ah vida ávida
3. Fidelidade
4. Maracatú
5. Made in PB
6. Antropológica
7. Antropológica II
8. Sinfonia em Ré
9. Não tenho imaginação pra mudar de mulher
10. Ode a Satwa

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1974 Flaviola e o Bando do Sol

1. Canto fúnebre
2. O Tempo
3. Noite
4. Desespero
5. Canção do outono
6. Do amigo
7. Brilhante estrela
8. Como os bois
9. Palavras
10. Balalaica
11. Olhos
12. Romance da lua
13. Asas

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1974 Ave Sangria

1. Dois navegantes
2. Lá fora
3. Três margaridas
4. O pirata
5. Momento na praça
6. Cidade grande
7. Seu Waldir
8. Hei! man
9. Por que?
10. Corpo em chamas
11. Geórgia, a carniceira
12. Sob o sol de satã

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1974 Perfumes & Baratchos (Ao Vivo) – Ave Sangria

1. Grande lua
2. Janeiro em Caruaru
3. Vento vem (Boi Ruache)
4. Dia-a-dia
5. Geórgia, a carniceira
6. Sob o sol de satã
7. Instrumental
8. Por que?
9. Hey man
10. O pirata
11. Lá fora

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1977 Jardim da Infância – Robertinho do Recife

1. Frevo dos palhaços
2. Jardim da infância
3. Sinais
4. Idade perigosa
5. Ao romper d'alva
6. Chamada
7. Acalanto para um punhal
8. Agrestina
9. Cor de rosa dor do amor

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1979 Ao Vivo em Montreux – Ivinho

1. Teimosia
2. Clarão vermelho
3. Meditação
4. Frevo único
5. Partida dos lobos

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1980 Caruá – Zé da Flauta & Paulo Rafael

1. Sai uma mista!
2. Rebimbela da parafuseta
3. Baião da barca
4. Ponto de partida
5. Tema da batalha
6. Fora de órbia
7. Entardecer
8. Zé Piaba
9. Gôta serena

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2007 Zé Ramalho da Paraíba

Disco 1
1. Táxi lunar
2. Jacarépaguá blues
3. O autor da natureza
4. Brejo do cruz
5. Puxa puxa
6. Luciela
7. Paraíba hospitaleira
8. Terremotos
9. Falido transatlântico
10. A árvore
11. Peleja de Apolo e Pam
12. O astronauta
13. Meninas de Albarã
14. Aboio eletrônico

Abaixar o disco 1

Disco 2
1. O sobrevivente
2. Jardim das Acácias
3. Discurso 1
4. Avohái
5. Discurso 2
6. Adeus segunda-feira cinzenta
7. A dança das borboletas
8. O monte Olímpia
9. Admirável gado novo (ao vivo)

Abaixar o disco 2

1976 Compacto Réquiem para o Circo/ Made in PB – Zé Ramalho da Paraíba e Grupo Ave Viola

1. Declamação
2. Anjo branco

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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O mau hálito e suas relações com as doenças bucais e sistêmicas

Cerca de 75% dos casos de halitose (mau hálito) têm sua origem em um problema bucal. Outras causas do mau hálito são os distúrbios gástricos, infecções nos seios [maxilares/paranasais] e doença gengival grave? ? afirma o Dr. Mark Wolff, Ph.D., diretor de Odontologia Operativa da State University of New York, em Stony Brook.

O sucesso do tratamento depende da determinação de sua causa. Tão logo o dentista determine a causa, o tratamento pode começar1.

O mau hálito pode ser causado por:

· Fatores externos ? alimentos, como cebola e alho, e bebidas, como café e álcool, e o fumo;

· Má higiene bucal ? quando a placa bacteriana e resíduos alimentares não são completamente removidos;

· Enfermidade bucal ? gengivite e doença periodontal;

· Próteses totais ? formação da placa e acúmulo de resíduos nas próteses, que precisam ser limpas diariamente;

· Amígdalas ? as fendas (criptas) mais largas das amígdalas podem permitir que os resíduos se acumulem na área;

· Infecções do aparelho respiratório ? garganta, seios [paranasais] e pulmões;

· Boca seca (xerostomia) ? que pode ser causada por problemas nas glândulas salivares, medicamentos, respiração pela boca, radioterapia e quimioterapia;

· Doenças sistêmicas? diabetes, doenças renais/hepáticas, pulmonares e dos seios [maxilares/paranasais], distúrbios gastrintestinais;

Qual a relação entre doença bucal e doença sistêmica?

Pesquisas recentes sugerem que há uma relação entre doenças bucais e doenças sistêmicas (diabetes, doenças cardiovasculares, derrame cerebral, infecções respiratórias, mal de Alzheimer) e outras enfermidades. Quando o tecido gengival se inflama dando origem à gengivite, mediadores inflamatórios chamados citocinas, presentes no tecido gengival, podem passar para a saliva e serem aspirados para dentro dos pulmões. As bactérias responsáveis pela periodontite também podem penetrar no sistema circulatório e deslocar-se até outras partes do corpo. As bactérias bucais podem causar infecções secundárias ou a inflamação de outros tecidos ou sistemas orgânicos do corpo (2).

Quem você deve consultar, se tiver mau hálito?

Se achar que a causa de seu mau hálito é a dieta alimentar, consulte um nutricionista. Ele poderá ajudá-lo a modificar sua dieta. Se o problema for má higiene bucal e você tiver gengivite, (inflamação da gengiva) ou periodontite (perda do osso que sustenta os dentes), consulte seu dentista e peça instruções sobre como melhorar a higiene bucal. Se o problema for infecção das amígdalas ou uma infecção respiratória, siga as recomendações de seu clínico geral ou de um especialista em ouvido, nariz e garganta (otorrinolaringologista) ou doenças do pulmão e trato respiratório (pneumologista). Nos Estados Unidos, a maioria das pessoas têm a sensação de boca seca devido a medicamentos, disfunção das glândulas salivares ou ao fato de estarem passando por tratamento de câncer com rádio ou quimioterapia. Por favor, consulte seu médico, cirurgião maxilofacial ou oncologista e siga as orientações que lhe derem sobre os produtos que podem aliviar os sintomas da boca seca. As pessoas que têm diabetes, problemas renais, hepáticos ou distúrbios gastrintestinais devem consultar um clínico geral, um urologista ou gastroenterologista para saber como reduzir o mau hálito. Entre em contato com seu dentista e peça informações sobre a especialidade médica indicada para resolver seu problema de mau hálito.

©Copyright 2009 Colgate-Palmolive Company

Referências:

1. Ooh, That Smell: What to Do if It?s Coming From You ? Dentists Discuss Treatments for Bad Breath. Reviewed information at http://my.webmd.com/content/article/1728.85994

2. The oral cavity plays an important role in the overall health of the body. Reviewed information at www.oralsystemicconnection.com

FONTE:

http://www.yahoo-colgate-saudebucal.com.br/materia.aspx?Materiaid=90

sábado, 11 de setembro de 2010

KODAK EASY SHARE M530


KODAK EASY SHARE M530, upload feito originalmente por adriano sobral.

Usei recentemente estas maquinas compactas digitais da KODAK M530 na minha ultima Oficina de Fotografia "O 3º Olhar" realizada no Bairro do Ibura na comunidade da UR-4, o resultado foi excelente, cores fortes, boa resolução e uma otima profundidade de campo. Só ficou a desejar na captura de videos no qual só se usa o Quicktime, neste caso só convertendo.
Enfim brevemente postarei no album de Oficinas algumas imagens belissimas fetas pelos alunos da oficina, até breve !!!

CONVITE !!!

Curso COMBOMIX de fotografia !!!

Apostila Oficina O 3º Olhar segue abaixo !!!


EXERCÍCIOS para fotografia !!!

AMBIENTE PARA OS EXERCÍCIOS:

EXERCÍCIOS

1) As objetivas são comparadas:

a) Às pálpebras dos olhos

b) Às íris dos olhos

c) Aos olhos

2) Quais são os grupos principais de objetivas?

a) Zoam, fixas, variáveis

b) Normais, grande angulares e teles

c) Macros, olho de peixe

3) As macros são apropriadas para:

a) Aproximar imagens distantes

b) 43 graus

c) 180 graus

4) A abrangência das objetivas normais é:

a) Igual ao olho humano

b) Maior que o olho humano

c) Menor que o olho humano

5) Objetivas zoom são:

a) Fixas

c) Macros

b) Variáveis

6) Você tem que fotografar um assunto que se encontra distante e você pretende atraí-lo. Qual objetiva é a mais apropriada para esse trabalho?

a) Trabalho

b) Tele

c) Macro

d)

7) Consideramos objetiva 50 mm como normal porque ela enxerga de maneira similar ao olho humano. Qual é o seu grau de abrangências?

a) 86 graus

b) 43 graus

c) 180 graus

8) Quando o assunto de grande porte encontra-se em ambiente com pouco recuo, qual é o grupo de objetivas mais apropriadas?

a) Macros

b) Normais

c) Grandes angulares

9) Para fotos de insetos ou pequenos detalhes podemos fazer uso de filtros especiais, essas, lentes são conhecidas como:

a) Teleconverter

b) Close-up

c) Polarizador

10) Ao trabalhar com teleobjetivas sem o uso de tripé, devemos ter uma atenção especial com a velocidade mínima para que a foto não saia tremida. Qual é a relação entre o número da velocidade e o número da objetiva?

a) Velocidade sempre com número maior que a objetiva.

b) Velocidade com número menor que a objetiva.

c) Tanto faz, é indiferente.

ÍNDICE

I – HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

II – CONHECENDO O EQUIPAMENTO

III – COMPOSIÇÃO (LINGUAGEM FOTOGRÁFICA)

IV – FOCO E FORA DE FOCO

V – DIAFRÁGMA

VI – OBTURADOR

VII – LENTES

VIII – FILMES

IX – ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL

BIBLIOGRAFIA interessantes !!!

ESCOLA DE FOTOGRAFIA
José Antonio Ramalho
Vitché Palacin
Editora – Futura


FOTÓGRAFO
Editora - Senac Nacional

CURSO COMPLETO DE FOTOGRAFIA
Rio Gráfica Editora


FUNDAMENTOS DA FOTOGRAFIA
Centro de Formação Profissional

Objetivas

OBJETIVAS ­

Pode-se dizer que as objetivas são a parte mais importante da câmera. Elas determinam a nitidez da imagem, ou seja, o grau de legibilidade da fotografia. São compostas por um grupo de lentes e servem prin­cipalmente para captar e transmitir ao filme os raios de luz refletidos por qualquer objeto situado em ambiente iluminado.

TIPOS DE OBJETIVAS

As câmeras geralmente são vendidas com uma objetiva conhecida como normal, por ter o ângulo de visão semelhante ao do olho humano (cerca de 50°). A distância focal de uma objetiva normal corresponde à diagonal do filme utilizado, que é de 50 mm para uma câmera de filme 35 mm.

OBJETIVA NORMAL

A distância focal e o ângulo de visão de uma objetiva estão intimamente ligados. Quanto menor for a distância focal de uma objetiva, maior será seu ângulo de visão. É por isso que as objetivas de curta

distância focal são chamadas de grande-angulares. A

grande profundidade de campo que essas objetivas proporcionam facilita fotos em locais onde não se pode recuar o suficiente para enquadrar todo o con­junto que se deseja fotografar (como na fotografia de interiores ou de arquitetura). As grande-angulares tornam as linhas paralelas verticais convergentes, mas existem lentes especiais com descentramento da obje­tiva que corrigem o defeito.

As objetivas com distância focal superior à da objetiva normal têm um campo de visão reduzido. São as chamadas teleobjetivas, bastante usadas pelos foto

jornalistas para fotografar acontecimentos que não permitem aproximação suficiente, como espor­tes, espetáculos, guerras etc. Essas lentes têm a van­tagem de não fazer convergir as linhas paralelas verti­cais como as grande-angulares, mas, por outro lado, têm pouca profundidade de campo e "achatam" os planos produzindo imagens praticamente sem relevo, com os elementos aparecendo no mesmo plano. As pequenas "teles" (até 135 mm) são muito usadas para portraits, pois não deformam as proporções do mo­delo. (Fotos de 6 a 17)

Existem também objetivas com distância focal variável: as lentes zoom (foto 5). Uma mesma objeti­va zoom pode ter distâncias focais que vão desde uma grande-angular até uma pequena tele, como a Zoom 28-80 mm. Pode também combinar uma pequena tele a uma tele maior, como, por exemplo, uma 80­200 mm. As lentes zoom são bastante práticas, pois permitem uma grande rapidez de operação, já que não é preciso trocá-Ias a cada nova situação.


ENTENDENDO O TAMANHO FOCAL, PLANO FOCAL, CENTRO ÓPTICO E INFINITO.

Ao trabalhar com objetivas, é im­portante que você domine alguns conceitos associados a elas, que são fundamentais para entender as ca­racterísticas das lentes usadas nas máquinas.

TAMANHO FOCAL

É a distância entre o centro ópti­co da lente e o plano focal da câmera quando o foco é colocado no infinito.

PLANO FOCAL

É a superfície que recebe a ima­gem transmitida pela lente e que na câmera localiza-se na área ocupada pelo filme ou sensor das câmeras digitais.

A lente da câmera é um vidro (ou plástico) polido e esférico que refrata a luz refletida por um assunto para a pa­rede traseira da câmera (plano focal).

CENTRO ÓPTICO

É o ponto que define o centro óptico da lente; o ponto onde os raios de luz vindos de diferentes fontes luminosas se cruzam.

INFINITO

É a maior distância, em relação à câmera, que os raios de luz incidem de forma paralela sobre a lente. Normalmente é representado pelo símbolo 00 (infinito).

As objetivas são medidas de acor­do com o seu tamanho focal, infor­mação essa que normalmente aparece gravada em algum lugar do corpo da lente. A medida usada normalmente é expressa em milímetros. O tamanho focal é usado para expressar a potên­cia ou tamanho da lente.

Uma lente de 300 mm indica que, ao ser focada no infinito, o centro óptico está distante 300 mm do plano focal. Uma lente de 300 mm é seis vezes mais potente do que uma lente normal de 50 mm, ou seja. tem um poder de aproximação de seis vezes.

No corpo da lente, você

encontra o tamanho focal

expresso em milímetros.

Centro óplico

Lente

AS LENTES 50 MM NORMAIS

São as objetivas básicas, de referência.

Nas câmeras 35 mm, essas objetivas

têm a distância focal de cerca de 50 mm.

No mercado, essas objetivas tam­bém são

conhecidas por objetivas nor­mais. Essa

terminologia deve-se ao fato de reproduzirem

exatamente o que vemos, sem distorção

de distan­ciamento ou angulação. Elas

"enxer­gam" exatamente como um olho

humano, ou seja, com um ângulo de

abrangência entre 45 e 50 graus.

GRANDE ANGULARES

Considerando as objetivas nor­mais como referência, todas as obje­tivas usadas em câmeras 35 mm, com distancia focal menor que 40 mm, serão consideradas grande angulares, cuja característica princi­pal é a maior angulação e o distan­ciamento do assunto fotografado.

As mais comuns estão entre as 28 e 20 mm e resultam em angulações maiores que o olho humano, propician­do fotos onde os assuntos são gran­des e estão à curta distância, como, por exemplo, no interior de igrejas ou grandes esculturas no centro de cida­des históricas, por exemplo.

Uma característica relevante des­se grupo de objetivas é a questão da distorção da imagem, especialmente nas bordas. Esse fenômeno se dará da seguinte maneira: quanto maior o ângulo de abrangência (menor dis­tância focal), maior também será a distorção da imagem.

As "maiores" grande angulares (entre 13 e 8 mm), são também co­nhecidas por olho de peixe, pelo modo como obtêm a imagem, ou seja, sua angulação entre 150 e 180 graus produz uma imagem literal­mente redonda e não retangular (24 por 36 mm) como todas as outras objetivas o fazem.

As objetivas grande angulares são consideradas tanto "maiores quanto

menores", ou seja, conforme diminuem a milimetragem ou distân­cia focal, maior é o ângulo de abran­gência. Por exemplo, uma objetiva 16 mm é considerada maior que uma 28 mm, pelo seu grau maior de abrangência da imagem.

Ao contrário das teles, as gran­de angulares, pela sua característica de distorção, não são aconselhadas para captar imagens de pessoas, a não ser que a intenção da fotografia seja a caricatura, como por exem­plo, uma cabeça exageradamente grande com os pés exagerada­mente pequenos.

TELEOBJETIVA

Assim como as grande angulares fazem referência às normais, todas as objetivas, com distância focal de 55 mm, são consideradas teleobjeti­vas. A palavra "tele" tem origem latina e significa "distante ou distância".

Ainda fazendo referência às obje­tivas normais, as teles, conseqüente­mente, têm seu grau de abrangência da imagem diminuído, ou seja, quanto maior for o nível de aproximação da teleobjetiva (elas podem ir até 2.000 mm), menor será o grau de abrangência da imagem.

A objetiva normal também é usada como referência em relação ao valor de aproximação de uma tele. Por exemplo, ao operarmos com uma teleobjetiva de 200 mm, o resultado da aproximação será de quatro vezes, pois o cálculo é feito dividindo-se o valor da objetiva que está sendo usada (200 mm) pelo valor da objetiva normal (50 mm).

Com uma teleobjetiva de 500 mm, teremos uma imagem dez vezes (500/50) mais próxima que o olho humano enxergaria normal­mente, ficando assim o resultado da conta: 500 (teleobjetiva em uso) divi­dido por 50 (objetiva normal) é igual a 10 vezes (aproximação da cena).

As teleobjetivas têm outra carac­terística marcante. Elas proporcionam um desfocamento mais fácil do que as grande angulares ou as normais, porque os valores de diafragma resul­tam em aberturas reais maiores nesses grupos de objetivas do que no grupo das grande angulares ou normais. É uma função

matemática, onde um diafragma f -8 em uma objetiva normal tem uma abertura real menor que o mesmo diafragma f-8 em uma teleob­jetiva, uma vez que a abertura real é dada pelo cálculo da distância desde o ponto de inversão da imagem até o plano do filme.

Tais características otimizam o uso das teleobjetivas em determinadas áre­as da fotografia, como em ambientes de moda. Tanto pela desfocalização facilitada como pelo resultado chapado da imagem, valorizando ângulos do corpo e do rosto, as teleobjetivas po­dem ser usadas para valorizar a ima­gem de pequenos e grandes assuntos.

A mais conhecida característica das teleobjetivas é a capacidade que elas têm de aproximação das ima­gens à grande distância. Por esse motivo, são as preferidas dos fotó­grafos de esportes, sendo seu uso freqüente nos estádios de futebol, quando temos a oportunidade de observar os fotógrafos usando-as com o auxílio de um mono pé ou tripé para reduzir a vibração; afinal, quan­do fazemos uso das teles, devemos considerar a relação tempo/veloci­dade do obturador (ver obturador).

Para evitar imagens tremidas ao trabalharmos com as teles sem apoio do tripé, existe uma fórmula simples: devemos observar a distância focal (milime­tragem) da teleobjetiva, por exemplo: se estivermos operando uma tele de 200 mm, devemos utilizar o tempo de obturação (velocidade do obturador) maior que 200, ao passo que ao operarmos uma teleobjetiva de 500 mm, nosso tempo de obturador deverá ser acima de 500. Fácil, não é?

As teleobjetivas são freqüentem ente confundidas com as objetivas macros, pela capacidade que ambas têm de aproximação. Portanto, vamos esclarecer: macros são próprias para pequenas distâncias enquanto que as teles são formatadas para aproximar as grandes distâncias.

Podemos transformar nossas objetivas normais em teles ou mesmo duplicar nossas teles, fazendo uso de um acessório facilmente encontrado nas lojas de fotografia: os duplicadores que podem aumentar a capacidade da obje­tiva de 1,4 a 2 vezes.

ZOOM

As objetivas descritas anteriormente são fixas, ou seja, têm sua distância focal definida e imutável. O grupo de objetivas zoom são lentes com a distância focal variável; portanto são objetivas que podem mudar de configuração, conforme a situação fotográfica exi­gir; são também mais confortáveis para trabalhar, póis evitam que tenhamos de nos deslocar, ou mesmo trocar de objetiva para con­seguir o resultado desejado. Essa característica tem muitas vanta­gens e alguns inconvenientes: via de regra as objetivas zoom têm menor capacidade luminosa do que as fixas, o que pode tornar sua utilização (especialmente em ambientes mais escuros) restrita. Ao utilizar uma objetiva menos clara, podemos "apelar" para um filme mais sensível, o que normalmente resolve a situação.

As objetivas zoam, conforme dito anteriormente, de maneira diferente das fixas, têm a capacidade de varia­ção da distância focal; portanto elas podem "variar" dentro de um mesmo grupo, como por exemplo, de grande angular 19 mm para outra grande an­gular 35 mm, ou em outro grupo, o das teles por exemplo, de uma teleobjetiva 70 mm para uma tele de 210 mm, embora as objetivas zoam mais co­muns são as que vão de grande angu­lar média até uma pequena tele (são as objetivas padrão para câmeras com­pactas e reflex atualmente). A objetiva zoom é muitas vezes confundida com as teleobjetivas, porque sua aparência é de uma obje­tiva "maior"; portanto vale observar que encontramos objetivas zoom com qualquer configuração, inclusive no grupo das normais.

Com a relação das teleobjetivas e o tempo do obturador explicado an­teriormente, no caso das objetivas zoom, deve-se considerar a milime­tragem máxima para referência.

Por exemplo, com uma objetiva zoam 70 a 210 mm, para evitar as imagens tremidas deve-se optar pelo tempo de obturação acima de 200 e não pelo tempo de 70. Outra maneira de evitar fotos tremidas quando não podemos fazer uso de velocidades compatíveis, é usar um apoio para a câmera, que pode ser um tripé ou mesmo uma mesa ou muro etc. Podemos conseguir imagens de grande aproximação usando um tubo de extensão, que é um acessório sem nenhum elemento óptico, cuja função básica é alte­rar a distância focal da objetiva que se

está usando. Ele é adapta­do entre o corpo da câmera e a objetiva e pode ser usado em qual­quer modelo de objetiva (normal, tele, fixa ou zoom). Esse comple­mento é composto de três anéis que podem funcionar unidos para obter maior aproximação ou separada­mente, quando se pretende uma aproximação mais reduzida. Deve-se tomar cuidado quando se utiliza o tubo de extensão, porque ele altera a fotometragem (medição da luz) da cena, uma vez que aumenta o "túnel" entre a objetiva e o filme.

DECIFRANDO OS ÍCONES DAS OBJETIVAS

Veja o que significam os números e códigos das objetivas.

/0/72 mm Diâmetro 72 mm

É a medida da frente da objetiva. Significa que qualquer acessório que você necessite rosquear na ponta da objetiva deve ter os mes­mos 72 mm. Essa medida depende do modelo e marca da objetiva.

CÂNON ZOAM LENSES EF 28-135 MM

Objetiva Cânon modelo Auto Focos Zoom de 28 mm (grande angular) até 135 mm (tele).

1:3.5-5.615

Significa abertura máxima do diafragma (luminosidade da objetiva), quando o zoom está localizado em 28 mm, a abertura máxi­ma é de 3.5 (mais luminosa) e quando estiver em 135 mm a abertura máxima será 5.6 (menos luminosa).

JANELA M I FT

Indica a distância em que se está tomando a foto. No início aparece a palavra MACRO indicando que a obje­tiva está operando no modo especial macro, depois aparecem duas esca­las, com distâncias expressas em ME­TROS (M branca) e PÉS (FT verde).

28 - 135 mm

. Distâncias focais abrangidas des­de 28 até 135 mm.

ANEL RANHURADO MENOR

Anel de focalização. Somente funciona quando o modo autofoco está desligado.

ANEL RANHURADO MAIOR

Anel de zoom. Ajusta a distância focal desejada; neste caso, vai de grande angular 28 mm até teleobjeti­va 135 mm.

ULTRASONIC

Sistema auto-foco patenteado pela Cânon.

PONTO VERMELHO

Marca de encaixe da objetiva com o corpo da câmera (no corpo tem outra marca igual). Serve para posi­cionar a objetiva com precisão.

IMAGE STABILIZER

Sistema patenteado pela Cânon para estabilizar a imagem quando se opera a câmera com baixa velocidade de obturador.

AF/MF

Foco Automático e Foco Manual. Definem se é a câmera ou o fotógrafo que opera o comando das distâncias.

Vale lembrar que a utilização do modo autófono acrescenta um con­sumo maior das baterias, e a opção pelo modo manual ajuda o fotógrafo a "pensar" fotograficamente.