Ariano vai comandar a Assessoria Especial
Publicado em 03.01.2011
Após deixar a Secretaria de Cultura, o escritor e dramaturgo foi nomeado pelo governador Eduardo Campos para a Secretaria Especial da Assessoria do Governador. E participou ontem da posse coletiva
Sheila Borges
sborges@jc.com.br
O escritor e dramaturgo Ariano Suassuna deixou a Secretaria de Cultura do Estado para chefiar uma outra pasta também do primeiro escalão: a Secretaria Especial da Assessoria do Governador. O anúncio foi feito ontem durante a cerimônia de posse coletiva do secretariado pelo próprio governador reeleito Eduardo Campos (PSB). O cargo estava sendo ocupado, interinamente, por Ricardo Leitão, ex-titular da Casa Civil que, agora, ficará à frente da nova Secretaria Extraordinária da Copa 2014.
Nos bastidores, a informação é que Ariano não mudará o quadro atual da chamada Assessoria Especial, hoje com dez integrantes. Pelo menos, até o fim do imbróglio que envolve a convocação dos suplentes que irão substituir os seis parlamentares – dois da Câmara dos Deputados e quatro da Assembleia Legislativa – convocados por Eduardo para a sua equipe.
Isso revela que o governador continuará utilizando as funções para abrigar correligionários. O secretário especial recebe um salário de R$ 7 mil enquanto cada um dos 10 assessores especiais percebe R$ 5,8 mil. Quando iniciou a primeira gestão, Eduardo disse que transformaria a assessoria em um celeiro de técnicos de diversas áreas e agiria de “forma diferente” das gestões anteriores. Mas o governador acabou recorrendo à velha prática da acomodação política, com raras exceções.
Fazem parte da atual equipe: o sociólogo José Luiz Ratton – que pode reforçar a equipe de assessores da presidente Dilma Rousseff – Cleuza Pereira, Garibalde Otávio, Rosa Barros, Fausto Freitas, Jorge Arruda, José Lopes, Adilson Gomes, Guilherme Queiroz e Rildo Veras.
Ratton coordena as ações do programa Pacto pela Vida. Cleuza, ex-prefeita de Salgueiro, é responsável por acompanhar o programa Mãe Coruja. O jornalista Garibalde Otávio escreve discursos para Eduardo. A ex-prefeita de Arcoverde Rosa Barros integra o Conselho Estadual da Criança e do Adolescente.
O ex-presidente do Tribunal de Justiça Fausto Freiras faz a interlocução entre o governo e o Poder Judiciário. Jorge Arruda integra o Conselho Estadual de Políticas de Igualdade Racial. O coronel José Lopes, ex-comandante da Polícia Militar, trata do tema da segurança. O socialista histórico Adilson Gomes faz a articulação entre o Palácio e o interior.
Luciana deslocada da Fundarpe
Publicado em 03.01.2011
Jorge Cavalcanti
A presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Luciana Azevedo (PT), não vai mais ficar à frente da entidade, mas continuará na segunda administração do governador Eduardo Campos (PSB). Ontem, na posse do novo secretariado, o responsável pela Secretaria de Cultura, Fernando Duarte, informou que Luciana não será mantida na função. “Ela foi chamada para trabalhar em outro organismo do governo”, disse. Luciana vai para a Secretaria de Articulação Social e Regional, sob o comando de Sileno Guedes. O cargo, porém, não foi divulgado.
Fernando Duarte explicou que, por ser um dos últimos a ser convidado para o primeiro escalão, ainda está “tomando pé” da situação que vai encontrar na pasta e na Fundarpe. Por isso, alegou, ainda não sabe quem vai convidar para o comando da entidade. “Depois que eu fizer um estudo, inclusive da estrutura da própria Fundarpe, a gente tomará a decisão”, disse ele, salientando que a entidade possui um quadro reduzido de funcionários, inclusive comissionados.
Indicado para o segundo governo Eduardo Campos por tendências do PT, com o aval do prefeito licenciado do Recife, João da Costa (PT), o secretário evidenciou que o nome pode ser escolhido pelos quadros do PT. “O partido vai discutir tudo o que será necessário discutir”, afirmou.
É evidente o mal-estar entre os membros do governo quando o assunto é Fundarpe. Quando anunciou o novo secretariado, no último dia 27, Eduardo fez questão de frisar que dá liberdade aos subordinados na montagem das equipes. “Estabeleço as metas e cobro resultados”, frisou. Logo após o discurso do governador, Fernando Duarte, ao ser indagado, devolveu a responsabilidade para Eduardo. “Há uma modificação a ser feita e o governador está estudando isso. Não tenho uma posição”, disse na ocasião.
No final do primeiro governo de Eduardo, Luciana passou por um processo desgastante do ponto de vista político, em decorrência de denúncias em shows e eventos promovidos pela Fundarpe, num valor que pode chegar a R$ 51 milhões. Uma auditoria especial de técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) foi realizada. Na volta do recesso de fim de ano, a 1ª Câmara do tribunal – formada pelos conselheiros Marcos Loreto (relator dos caso), Carlos Porto e Teresa Duere – julgará o trabalho dos técnicos.
Com os cumprimentos de
Humberto Maia
(81) 3269-6569 3441-2343 9292-2209
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Fonte: Jornal do Commercio
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