A curadora Rosely Nakagawa, que integra o Conselho de Seleção da Funarte e participa da seleção de projetos culturais como a Casa da Fotografia Fuji.
"É importante que haja. A curadoria é mal entendida, as pessoas não conhecem a importância desse trabalho na fotografia", adianta Georgia Quintas. Outro ponto a ser abordado no debate será o papel do colecionador, uma atividade que tem crescido cada vez mais no país. "O colecionador que guarda a memória da fotografia e o Brasil está se tornando um país de grandes colecionadores", observa Georgia.
"Isso se deve muito ao tempo de maturação, hoje temos fotógrafos de muitas gerações que conseguiram construir seu olhar pessoal na linguagem fotográfica", observa Rosely Nakagawa, que conta com cerca de 30 anos de experiência nesse setor. Este ano, ela organizou uma exposição para o centro Caixa Cultural, em que reconta essa história através de 40 imagens da sua coleção pessoal.
"Ao longo desse tempo trabalhando com fotografia, notei que tinha criado uma coleção. Então vou falar um pouco dessa experiência, explicar como cuidar das obras", revela a curadora. Também temos a problemática em torno da reprodução das fotografias sob a ótica da arte, como objeto único. "Quando comecei minha coleção, era diferente. Os fotógrafos na época tinha dificuldade até para fazer uma cópia", recorda Rosely.
"São discussões muito contraditórias, porque existe a ideia de que a obra é única. Hoje existem mecanismos de controle de tiragem, criado para ter garantia de que a coisa não se multiplique e perca o valor".
Rosely Nakagawa pertence ao Conselho de Seleção da Funarte.
FONTE:
http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/11/15/viver1_1.asp
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