sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Obiturador

Escolha um local com várias opções de imagem. Uma sugestão é a rua em frente à sua casa ou uma praça, ou melhor ainda, se possível um parque público, com gente, fontes, lagos, passeios etc. (procure posicionar-se "a favor" do sol, ou seja, com ele às suas costas, para facilitar a iluminação da cena).

Resultado pretendido - Aqui pretendesse que você entenda como a câmera funciona. (Se sua câmera só tiver a opção manual e não a automática, passe para o segundo exercício.)

Escolhidos o local e a posição da tomada fotográfica, ajuste sua câmera para o modo automático. Desta ma­neira, ela regulará automaticamente o diafragma e o obturador.

No modo automático, teremos, provavelmente, um diafragma entre f/11 ou f/16 para um tempo de obtu­rador entre 60 ou 125.

Se o dia estiver ensolarado, não deixe que o assunto escolhido fique à sombra, evitando que fique escuro demais.

O resultado dessa imagem será o seguinte: todos os movimentos conti­dos na cena (carros, pessoas etc.) ficarão congelados (parados) devido ao tempo médio/alto do obturador (foto). E toda a profundidade de campo (tudo que se vê através do visor) estará completamente focado, desde o primeiro plano até o infinito, devido à abertura média/alta do diafragma (foto).

É o obturador que determina o re­sultado da sensação de movimento de uma fotografia. Essa é sua principal função, mas não a única.

O obturador pode ser comparado às pálpebras e seu funcionamento é similar ao piscar dos olhos. Junta­mente com o diafragma, o obturador é uma das ferramentas mais impor­tantes do ato fotográfico. Sua segun­da função é ajustar a quantidade de luz que atingirá o filme. Assim como as pálpebras, o obtu­rador pode abrir e fechar com diferen­tes velocidades. O tempo de per­manência da abertura do obturador tem um impacto direto sobre o resulta­do dos movimentos dos objetos/pes­soas da cena. Um longo tempo de exposição causa movimentos borra­dos. Um tempo curto de exposição causa movimentos congelados.

O tempo que o obturador per­manece aberto é modulado em segundos ou frações de segundos, o que é mais usual, pois na maioria das fotos tiradas seu tempo de abertura fica entre 1/60 e 1/500 milésimos de segundo.

EXISTEM DOIS TIPOS DE OBTURADOR:

Obturador central

Encontrado nas câmeras compactas, fica na objetiva e não no corpo da máquina. Funciona como um "tapa olho de pirata", ou seja, uma pequena lâmina redonda que vai abrir e fechar, permitindo a passagem de luz por instantes.

Obturador de cortina

O obturador de cortina está localizado no corpo da câmera. Esse modelo pode ser confeccionado em tecido (caso das câmeras mais antigas) ou composto de lâminas de aço sobrepostas (os mais comuns hoje em dia).

Nas câmeras compactas, o obturador é parecido com um "tapa olho de pirata" e fica dentro da objetiva.

A escala de tempo de obturação nas câmeras mais mo­dernas, em média, vai desde 30 segundos inteiros (duração de um comercial de TV), podendo chegar até a fração de qua­tro milésimos de segundo (1/4.000) ou mais rápido. Em uma ponta dessa escala, encontramos a letra B, ou por extenso, a palavra Bulb, que é uma opção de tempo de obturação, onde o fotógrafo escolhe a duração da exposição. Essa duração aleatória pode ser em casos extremos até de horas ou mesmo dias com o obturador aberto.

Nessa situação, o resultado da foto determina que tudo o que estiver em movimento (deslocamento) desaparecerá da imagem, ficando apenas os elementos fixos.

Nos modelos reflex, a cortina do obturador localiza-se no corpo da câmera e, quando é disparado, produz o som característico de funcionamento das câmeras.

ESCALA DE TEMPO DO OBTURADOR

Nas câmeras clássicas mecânicas

B -1 - 1/2 -1/4 -1/8 - 1/15 – 1/30 - 1/60 - 1/125 - 1/250 - 1/500 -1/1000 -1/2000

Nas câmeras mais modernas

Bulb - 30s - 15s - 8s - 4s - 2s - 1s - 1/2 - 1/4 - 1/8 - 1/15 - 1/30 - 1/60 - 1/125 - 1/250 - 1/500 - 1/1000 - 1/2000 - 1/4000

A principal função do obturador está relacionada aos movimentos que estão na cena a ser fotografada.

A exposição é o intervalo de tempo em que o filme fica exposto à ação da luz. Essa exposição tem duas conse­qüências; uma delas relaciona-se à quantidade de luz que atingirá o filme, onde o resultado de um longo tempo de exposição será um filme mais "queimado" pela maior quan­tidade de luz que o atingiu.

O principal papel do tempo de exposição está nó resul­tado estético da imagem, e só será perceptível se apre­sentar algum movimento em cena.

Tomemos como exemplo a cena de uma pessoa andan­do. Ao fotografá-la, optamos por um tempo de exposição de 1/8 de segundo, que é um tempo longo. A imagem da pes­soa em deslocamento resultará borrada. Se nas mesmas condições a exposição passar para 1/125 de segundo, a pes­soa em movimento ficará completamente "congelada".

O tempo de exposição do obturador, também implica na "oscilação da câmera" ou câmera shake. Quando ajustamos o obturador para um longo tempo de ex­posição, a fim conseguir os efeitos de movimentos "borrados" em cena, corremos o risco de obter uma imagem completamente tremida. Para evitar que isso ocorra, a câmera necessita ser amparada por um tripé ou mesmo por um apoio de uma superfície firme como uma mesa, por exemplo.

FUNÇÃO ESPECÍFICA

Cada uma das duas ferramentas tem duas funções, a segunda delas determina a quantidade de luz que atingirá o filme. Portanto, devemos sempre fazer a opção por uma ferramenta que dará origem ao resultado pretendido na imagem, para depois ajustar a luminosidade por meio da segunda função da ferramenta complementar.

Se a primeira escolha, por questões estéticas, for o diafragma, será o obturador que ajustará a iluminação.

Por outro lado, se optamos primeiro pelo obturador (por questões estéticas), será o diafragma que acertará a luz para equilibrar a exposição.

EXERCÍCIOS DE OBTURADOR

Sugerimos, se possível, que você continue na mesma área dos exercícios anteriores para facilitar a compreen­são dos pontos, evitando dispersar a atenção para fatos novos na imagem.

RESULTADO PRETENDIDO

Todos os movimentos em cena, inclusive nossa câmera, fiquem congelados (imóveis).

Procure enquadrar uma cena que contenha algo em movimento, podem ser automóveis ou pessoas etc. Ajuste o foco no assunto principal em movimento e coloque o tempo de obturador em 250 (dependendo da câmera, esse controle está

em um botão ou em um disco).

Observamos que essa velocidade é suficiente para congelar quase todos os movimentos, a não ser que nos­so ambiente tenha carros de corrida ou hélices de heli­cópteros que vão requerer velocidades maiores.

Lembre-se de que ao situar o tempo de exposição do obturador em 250 (curto), como conseqüência, o filme receberá pouca iluminação. Portanto, para evitar uma subexposição (foto escura demais), devemos com­pensar a falta de luz abrindo o diafragma, até que o fotômetro indique neutro (pode ser o número zero ou um led verde).

Observadas as duas questões, a primeira de ordem estética (enquadramento, composição), e a segunda de ordem técnica (foco, ajuste da luminosidade), então dispare.

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